domingo, 20 de outubro de 2013

191. UVAS #21. Sonhar ou Viver?


Para que usar um Dōjōkun se não vivemos o Karatedō que ensinamos?

Tal como o suposto "Zazen" feito nos treinos de Karatedō, a utilização do termo "tradicional" justifica os mais variados disparates, maluquices e tolices no mundo das artes marciais japonesas.

Inventam-se mil e uma "interpretações bastante particulares" deste "tradicionalismo", levando ao aparecimento de um "neo-bushidō", cheio de "japonesisses tresloucadas".


"Não! Eu agora estou na esfera do Zen...Eu flutuo entre o universo dos Buda e dos meros mortais abaixo de mim!", dizem uns... "Eu recebo os ensinamentos direto dos Kami (espíritos) dos mestres ancestrais japoneses!", dizem outros - apontanto para uma absurda religiosidade "neo-Shintōniana".

E as trafulhices não são mesmo assim?!?!

Ah, não?! 

Eu "VI", com os meus próprios olhos, escolas onde os alunos veneravam um cabide de madeira!! "É a expressão pura da religiosidade e tradicionalismo daquele Dōjō e respectivo instrutor..." (segundo eles!) Até mesmo a tratar instrutores como "veneráveis mestres"!

Depois disso, "eu" estou errado?! Então o que eu "vi" é ser "tradicional" ou é "estupidez" pura e dura?

Não é necessário dizer que este "japonesismo tresloucado" é muito conveniente para um determinado tipo de comerciante que vive de "aparências" quando isso é mesmo TUDO que ele tem a oferecer... e, assim, continua a "vender o seu peixinho tradicional"!

Um dia, talvez, o Karatedō volte ao seu rumo original, sem tretas, sem falsas interpretações de "Mikka-bōzu" (pseudo-monges iluminados pela radiante aura mística e mágica do Zen no seu esplendor)...

Se eu estiver errado, digam-me como irão ensinar aos alunos estes valores definidos pelos Dōjōkun (sem estar com demagogias, naturalmente).

Para aqueles que amam a religiosidade no mundo marcial, fica a citação do próprio Buda:

"Não acredite na verdade dos mais velhos, baseado apenas nas suas experiências pessoais, porque o medíocre também envelhece!"

Pesquisem, estudem, treinem e aprendam... acreditem apenas na vossa própria experiência pessoal.

No Karatedō verdadeiro não há enganos: é ou não é, sabe-se ou não se sabe!

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