Todo mundo sabe que o meu campo de batalha assenta sobre cada um tirar as suas dúvidas, questionar, perguntar e pesquisar porque mesmo que existam pessoas que sabem menos do que nós, também existem pessoas que sabem mais ou "bem mais" do que nós.
Imitar são os primeiros passos dos principiantes, mas "saber" é obrigação de quem ensina!
Para realmente "saber", mais cedo ou mais tarde vai ter de buscar informações sobre as quais ainda tem dúvidas, pois devemos aprender certo para ensinar o certo!
Mas o que ainda ninguém perguntou até hoje é o quão trabalhoso e difícil isso pode vir a ser! E esta dificuldade pode vir de quem, teoricamente, deveria ser o primeiro a ajudar na resolução das dúvidas.
Para posicionar este assunto, vou começar contando-vos sobre um caso que ocorreu comigo nesta semana (porque é melhor o "eu passei por isto" do que o "eu ouvi falar").
Todos nós sabemos - por experiência de vida - que só podemos cobrar dos outros aquilo que nós mesmos somos capazes de fazer e, portanto, eu não sou exceção.
Nesta semana tive uma dúvida sobre alguns fatos históricos a respeito do Karate e como quem não sabe pergunta para quem sabe, anotei a minha dúvida no meu caderno de dúvidas e resolvi, então, entrar em contato com uma das pessoas mais conhecidas mundialmente a respeito de Karate (não vou citar nome por razões óbvias), autor de várias obras a respeito do assunto e grande conhecedor da historia do Karate.
Escrevi-lhe um e-mail com a minha questão... a resposta veio no dia seguinte e, basicamente, era esta: "Se pagares o valor X, envio-lhe a resposta que procuras."
Bem... Como vou dizer isto? (^_^) O que veio imediatamente à minha mente foi o seguinte: "será que apenas uma pessoa no planeta inteiro tem a resposta que eu procuro?" [1] e "eu preciso realmente dele ou posso continuar a procurar?"
Uma coisa é certa: se alguém sabe algo é porque teve persistência, esforçou-se o suficiente em procurar respostas, lutou para "aprender" e, consequentemente, "sabe" ou domina determinada matéria. Naturalmente tem todo o direito de (re)transmitir a informação do jeito que quiser (nem que seja cobrando para o fazer). Assim sendo, antes que alguém recrimine tal resposta, não é exatamente isto que se passa nos estágios e cursos onde pagamos pela informação? Nada de "dois pesos e duas medidas".
Mas, no meu caso, eu penso que se ele conseguiu a resposta que eu preciso, eu também posso conseguir... pode apenas levar mais tempo! (^_^) Mas eu não tenho pressa, por isso, vou continuar a mandar questões para todo mundo que eu julgue serem capazes de responder as minhas dúvidas.
Em se tratando da busca do conhecimento, nem todas as pessoas que têm as respostas às suas perguntas agem da mesma forma quando questionadas, umas têm interesse real em transmitir a informação correta e respondem imediatamente; existem aqueles que transmitem a informação correta apenas depois de muita relutância... como se fossem detentores dos "segredos mais secretos dos universo" (e, em alguns casos, isto até é real); existem aqueles que transmitem "meia informação", deixando a outra metade para que o outro demonstre empenho efetivo na busca de respostas, existem aqueles que tem interesses econômicos na partilha de informação etc..
Além destes, existe o outro lado da moeda, onde existem aqueles que não sabem coisa alguma ou estudaram apenas um pouquinho mais do que os demais, mas querem sempre transmitir alguma coisa. Estes são fáceis de detectar! (^_^)
Consequentemente, para atingirmos o nosso objetivo, isto é, a busca por respostas às nossas dúvidas e consequente conhecimento efetivo, além do esforço real, é necessária uma certa dose de paciência, insistência e, em alguns casos, teimosia a fim de que as respostas às nossas questões nos sejam reveladas... Isto parece "quase" uma demanda Zen! (^_^) Paciência, muuuuuuuuuuita paciência!
Portanto, lembrem-se: tenham um "caderno de dúvidas", a fim de que nunca se esqueçam no dia seguinte de uma dúvida que ficou para trás e NUNCA tenham medo de perguntar... o que pode acontecer de pior é ficarem na mesma situação que estavam antes da pergunta, ou seja, naquele "estado de questionamento"! (^_^)
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[1] O direito à indignação. Na sociedade atual onde as regras comportamentais são, até certo ponto, bastante "convenientes" apenas para um pequeno e determinado segmento social, parece-me que o direito à indignação deve ser suprimido. Eu não penso assim!
Joséverson San:
ResponderExcluirPrimeiro que tudo quero saudar aqui o seu regresso e a sua partilha de conhecimentos!
Em segundo lugar gostaria de deixar aqui um único comentário a este post (e que tenho utilizado muitas vezes):TUDO SE VENDE... DESDE QUE HAJA QUEM COMPRE!
Abraço grande!